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O que Rayssa Leal nos ensina sobre marca pessoal?

Eu confesso pra você que até ontem, eu não sabia quem era Rayssa Leal, a fadinha do skate. Você também não? Bem-vindo ao clube.

Ao acessar o meu Instagram hoje pela manhã, fui tomada por uma enxurrada de postagens e compartilhamentos sobre o feito dessa garota de 13 anos, a mais jovem medalhista olímpica do Brasil, que ganhou medalha de prata na competição de skate.

Aquele sorriso jovem e cheio de alegria me cativou. Fui ver quem era Rayssa Leal, qual era a sua história e como tudo aquilo tinha acontecido na sua vida. Fiquei impressionada com a sua trajetória, e como mãe, não pude deixar de me emocionar ao vê-la chegar no auge assim tão novinha.

Subitamente, Rayssa se tornou um fenômeno: em poucas horas, desde a grande conquista, ela viu o seu número de seguidores no Instagram chegar a 3 milhões (and counting). E isso é apenas o começo: ainda virá muito mais pela frente.

Por que Rayssa nos conquistou? Fazendo um paralelo com branding e marca pessoal, ela reúne alguns dos principais atributos que uma marca precisa para ganhar destaque no mundo de hoje:

A sua narrativa impressiona
A história da menininha-fenômeno que saiu do Brasil para conquistar o mundo é muito aspiracional. Quem é que não queria viver esse sonho? Nos traz esperança e perspectiva de que é possível quando persistimos e corremos atrás do que queremos.

Ela é autêntica
Seus pais tiveram uma grande sacada ao filmá-la usando fantasias de fadinha, criando assim uma referência exclusiva para ela, que se tornou a partir daí, a fadinha do skate. Aos 13 anos, Rayssa conquista pela sua simplicidade, simpatia e jeitinho meio menina, meio mulher, de conquistar o seu espaço no mundo. Percebe-se que ela é uma garota fazendo o que sabe fazer de melhor, se divertindo ao mesmo tempo em que é determinada em seus objetivos – e o melhor, sendo ela mesma.

Ela é de verdade
Todos nós somos artistas e temos uma forma única de existirmos, de transmitirmos a nossa arte. Ao nos apropriarmos daquilo que fazemos de melhor, somos livres e a consequência é influenciar milhares de pessoas que nos admiram justamente, por sermos exatamente quem somos. Não se agrada a todos, mas quem se conecta, se conecta com a verdade – e isso é muito valioso.

Ela inspira
Inspira tanto que a própria Nike, sua patrocinadora, lançou um vídeo inspiracional sobre o que ela representa para as gerações futuras e principalmente para as meninas, que são incentivadas a fazerem e serem “o que elas bem quiserem” – um discurso de igualdade de gênero que, mais atual, impossível:

Checklist rápido para quem pretendo ativar a sua marca pessoal – por onde você pode começar a refletir, hoje?

  • comunique a sua história: de onde você vem, conquistas que obteve, dificuldades no caminho, quem esteve ao seu lado;
  • busque ser autêntica e verdadeira: somos seres individuais, vulneráveis e imperfeitos. As pessoas querem se conectar com quem é de verdade;
  • persiga a sua arte: o que só você faz, do jeito que só você faz? O que faz o seu coração vibrar? É pra lá que você deve ir, com todas as suas forças.

Para finalizar, fica o lembrete para você não se enganar: construir uma marca pessoal forte não é um trabalho fácil. Rayssa Leal não virou um fenômeno da noite para o dia. Ela vinha construindo a sua carreira de maneira consistente, sob a supervisão de seus pais, por muitos anos.

Não sabemos todos os esforços e tantos obstáculos que ela ultrapassou, ano após ano, trilhando o seu caminho. O ganho da medalha olímpica é o que o escritor Malcolm Gladwell chamaria de “tipping point”, ou seja, o ponto de virada: aquele evento que faz com que tudo mude, após anos de trabalho incansável. Por isso, é sempre possível começar hoje. Todos os dias, com consistência. Chega uma hora em que o jogo muda e faz tudo valer a pena.

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